segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A verdade e o aviso de incêndio

Seu Mário Gobbi, contou a verdade para os corinthianos... Não fez mais nada que a sua obrigação, mas vangloria-se com isso, mas será que é mesmo verdade, que o futebol é levado SÓ pelo dinheiro, que os torcedores não podem se rebelar a cada jogador vendido e time desmantelado?

Será que é mesmo verdade que um time pode pagar suas contas vendendo jogadores, essa é mesmo a única saída?

Esse mesmo Mário Gobbi que chamou os torcedores de ignorantes, que sustentam o clube que ele dirige, recebeu uma cadeirada em troca. Denominando todo um coletivo de ignorantes realmente era isso que ele deveria esperar em troca... Ainda bem que mesmo os mais boçais têm amigos que valham de algo, e os do senhor Mário Gobbi, orientaram-no a calar-se por algum tempo, tomara que pra sempre.

Acho impressionante a capacidade da mídia de divulgar avisos de incêndio no Corinthians que... se tornam incêndios, não é força da palavra, não é tecnologia nem nada metafísico. São dirigentes mal preparados para lidar com uma imprensa mal-intencionada, num campo extremamente amador, onde os senhores da diretoria sabem o caminho das pedras, para levar o Corinthians a uma divida de milhões e os torcedores que são os ignorantes... paradoxos da vida!

O senhor Mário Gobbi não é um ignorante... durma-se com um barulho desses.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Práticas de liberdade

Impressionante o novo livro do José Paulo Florenzano, não acabei de lê-lo, mas se continuar na mesma toada tem tudo para modificar o modo com se escrever na sociologia do esporte e campos próximos, aí me vem à cabeça a pergunta "E agora? Diante de uma obra dessa o que sobra pra nós que estamos começando?"
Os trabalhos acadêmicos sobre esporte melhoram a cada dia, como disse o argentino Alabarces, hoje somos um campo do conhecimento reconhecido e com muito a acrescentar. Tudo isso acarreta responsabilidades para gente como eu, que está dando os primeiros passos, mas uma sensação de liberdade muito maior, de poder refletir tranquilamente sobre o esporte, pois os pioneiros deram conta do preconceito existente.
Falei do Florenzano, do Alabarces, poderia citar muitos outros que com seu trabalho acrescentam respeitabilidade à área... ainda bem, pois a menos de 20 anos atrás, víviamos em um deserto, sem bola de futebol!

sábado, 18 de julho de 2009

Depois de 12 rodadas cai a invencibilidade do Guarani, dentro de casa contra o Paraná. Numa partida em que o Guarani esteve irreconhecível, com um meio de campo inexistente que deixava a defesa desprotegida, dando chutões pra frente e com um ataque que só recebia nabos, abacaxis e bolas quadradas.
Duro de assistir, mas pior que isso são alguns torcedores do Guarani, que deveriam sentir vergonha de xingar e reclamar do jeito que fazem desse time. A anos o clube passa por um calvário de rebaixamentos e times horríveis, o que acaba com o ânimo da maioria dos torcedores, mas esses mesmo torcedores não conseguem poupar o time quando ele perda na décima segunda rodada.
Ouvi pelo esstádio reclamações contra o Glauber, pobre Glauber, vai ver seu defeito é carregar o meio de campo nas costas, mas não ttem o direito de fazer uma partida ruim. Maranhão e Caique então... coitados, colocados abaixo dos cachorros.
Enquanto a torcida se portar dessa maneira egoísta e ridicula não vejo por que os jogadores tenham que jurar amor ao clube, pois na hora H em que mais precisam de apoio se vêem só e aqui digo e repito: Os poucos que não abandonaram o time na hora da derrota foram os caras da Jovem, da Fúria e Guerreiros.... e tem gente que ainda quer proibir as organizadas, afinal torcedor só aquele que assiste pelo PFC e depois vai no campo xingar seus jogadores.
Triste... hoje sai envergonhado, não com a derrota, afinal faz parte do jogo, mas com a torcida!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Violência no futebol: quando as causas vão ser investigadas?"

Jornal Estado de S. Paulo

12 de Julho de 2009

Caderno "Esportes"

Seção "Da numerada"

Página E3



GEF(Grupo de Estudos e Pesquisas de Futebol da Faculdade de Educação Física da Unicamp)


Mortes relacionadas ao futebol brasileiro reacendem a discussão em torno da violência no esporte. Normalmente declarações precipitadas de autoridades públicas, assim como informações desencontradas e incoerentes veiculadas pela imprensa contribuem para a formulação de "soluções mágicas", mas que poderão comprovar-se ineficazes, dado que não consideram a amplitude e a importância do fenômeno.

Em um primeiro momento, consideramos ser fundamental a retomada dos trabalhos da Comissão Nacional de Prevenção da Violência nos Espetáculos Esportivos pelos Ministérios do Esporte e da Justiça e a criação de colegiados similares nos estados, que tenham a atribuição de tratar o tema com o devido cuidado e de trazer o poder público para o cerne da discussão. Há a necessidade, também urgente, de atualização da legislação específica para o esporte, como o Estatuto do Torcedor. A tarefa é especialmente oportuna neste momento, dado que o tema está sendo discutido no Senado. Alguns pontos importantes foram acrescentados à lei, mas outros, como a melhoria da infraestrutura dos estádios, ainda não foram contemplados.

Para que as atividades sejam efetivas e contínuas, é preciso incentivar e assegurar a participação, nas referidas comissões, de representantes de diferentes esferas da sociedade (governo, entidades esportivas, torcidas organizadas, imprensa e estudiosos), de maneira a enriquecer e ampliar o enfoque das análises. Da mesma forma, ainda verificamos a urgência da criação de uma corporação de segurança especializada em eventos esportivos, pois é notório que o despreparo dos atuais agentes públicos, e o tratamento por eles conferido aos torcedores - organizados ou não -, estão entre as principais causas dos conflitos violentos.

A atuação dos meios de comunicação em relação ao tema da violência no meio esportivo é outro aspecto que deve ser repensado. A armadilha do crédito excessivo às versões oficiais e a demora ou descaso ao ouvir os torcedores presentes na cena do conflito contribuem para a prevalência de uma visão homogeneizada, que, por estar distante dos fatos, frequentemente não consegue absorver as contradições e especificidades da relação entre torcedores. Assim, a informação que chega ao cidadão, ao invés de oferecer um panorama da situação, tende a reforçar preconceitos.

Algumas propostas apresentadas no "calor dos fatos", como a realização de partidas com uma única torcida, denunciam a incapacidade do Estado em prover segurança aos cidadãos. São recursos paliativos.

As propostas de ações para prevenção da violência no meio esportivo não têm o poder de tornar a assistência do esporte instantaneamente pacífica, mas espera-se respostas consequentes a episódios de violência em dias de jogos com uma apuração de forma isenta e cujos envolvidos sendo julgados e punidos dentro dos limites legais, de acordo com a participação de cada um.

Encontra bodes expiatórios, para dar uma resposta rápida à sociedade e acalmar os ânimos da opinião pública pode trazer sensação de conforto ou dar a ideia de que estamos sendo protegidos, mas esse tipo de "saída fácil" apenas acrescenta mais pólvora a um barril que permanece pronto para explodir outras vezes. Vale reforçar, portanto, que o assunto da violência no futebol é complexo e merece discussões intensas e urgentes. Nesse sentido, a união de esforços é o modelo mais indicado para a formulação de medidas eficazes a curto, médio e longo prazos.
Às vezes, a pressão por resultados derruba um técnico.
Técnico é gente.
Às vezes, a pressão por resultados derruba a gente.
A gente é mais gente que um técnico?
Futebol é trabalho que nunca termina.
O fim do técnico é a crônica de uma morte anunciada.
A cada recomeço se quebra a promessa anterior de felicidade.
A cada técnico que cai, um pouco de nós cai junto.

domingo, 12 de julho de 2009

Kaká, Cristiano Ronaldo, Benzema... e Raúl Albiol

Chamartin abre suas portas para a segunda era dos Galácticos, o sonho nasce novamente agora sob forma de Kaká, Cristiano Ronaldo e o francês Benzema que vêm se juntar ao já estelar ataque merengue - Huntelaar, Sneijder, Robben, van der Vaart, Raul, Huguaín e van Nilsterooy.
Elenco inchado e promessa de dores de cabeça para o time de Madri, que se não quiser reeditado os problemas de vaidade e relacionamento da última era estelar terá que diminuir o seu grupo de atacantes e meio-campistas.
A grande reclamação de Florentino Perez, novamente presidente do clube, é que todas as outras equipes querem barganhar seus jogadores e não oferecem os valores reais de mercado para uma transação desse porte. Ninguém nega a qualidade dos avantes merengues e o quão relevante será tê-los em seus times, mas para um clube que paga 150 milhões de euros em dois jogadores, é de ser acreditar que dinheiro não é problema, por isso os últimos dias de negociações da janela européia parecem ser vitais para o ambiente no Santiago Bernabeu e para jogadores como Van de Vaart, Huntelaar e Sneijder, que têm os dias contados em Madri, precisando apenas definirem seus futuros.
Definição do futuro é a palavra de ordem em times em reformulação, como o Real Madrid e Bayern de Munique, mas o caso de Manuel Pellegrini ao que tudo indica será bem mais complexo do que o de Louis Van Gaal. O técnico chileno, que acaba de sair do Villareal para as canteras de Chamartin, tem um time repleto de meias e atacantes, mas carente de zagueiros, laterais e com um número medido de volantes. E parece que Florentino Perez não se importa, a chegada de Raúl Albiol será provavelmente a única contratação para esses setores, que perderam Cannavaro de volta à Juventus.
Não se monta um grande time sem peças de reposição confiáveis, principalmente uma equipe como o Real Madrid que disputará torneios com a Champions League e o Campeonato Espanhol, toda a defesa precisa de reforços urgente, sob pena do clube levar outra goleada do Barcelona, como os 6 a 2 da última partida ou ver repetida a última era de Galácticos, com poucos títulos e muita decepção.
A tarefa de Pellegrini será das mais complicadas: organizar o time, conter o ímpeto da torcida por atacantes e fazer os merengues jogarem um futebol de ilusion.
Ilusion, essa palavra que remete a utopia, o sonho do belo, do artístico e do futebol-arte na Espanha, pode se tornar uma mera ilusão, enganando os torcedores, sem cumprir nada do que prometeu: o dilema está dado, a partir de agosto se esboçará as respostas.

sábado, 11 de julho de 2009

Voltando...

Desde meu último post muitas coisas interessantes aconteceram... em ranking de importância devem ter sido:
1) Os Eua venceram a Espanha e quase desmoralizaram o Brasil do Dunga (que mais parece outro ser mítico das lendas - o gato das sete vidas!)
2) Ronaldooooooooooooo, sim ele voltou, alguém ainda duvida? Dois títulos em um semestre, partidas memoráveis, gols de extrema habilidade, mesmo que não esteja conseguindo jogar todas as partidas é o melhor do Brasil.
3) A surpresa que me faz mais feliz esse ano... o único invicto das séries A e B é meu Guarani do coração. A fórmula? Apoio da torcida, meio de campo marcador e Vadão.
4) O livro do Zé Paulo Florenzano, palmeirense e professor da PUC-SP. A Democracia corinthiana - práticas de liberdade no futebol brasileiro. Depois do grande Afonsinho e Edmundo- a rebeldia no futebol brasileiro, acho que esse pode ser a consagração do Zé (esparamos você para a reunião do GIEF)

A partir de gora, coma vida menos corrida os posts voltarão a ser frequentes... Não percam as esperanças e continuem nos visitando, comentem aqui a casa é de vocês!